J.P.C. GUTIERREZ - MANUTENÇÃO INDUSTRIAL/CONFECÇÃO DE TANQUE HIDROPNEUMÁTICO - O.S. Nº 048214936


Setor de Caldeiraria - Conclusão do Tanque Hidropneumático


Como os vasos de pressão podem causar diversos perigos, eles precisam ser projetados, fabricados e operados dentro de uma série de normas, além de serem inspecionados periodicamente.

Essa inspeção está condicionada pela Norma Regulamentadora NR-13, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Ela é condição legal para se operar caldeiras e vasos de pressão em toda e qualquer unidade industrial ou em outro ambiente.

Pela norma, caso a fiscalização seja feita e for observado que não há a realização da inspeção periódica, a empresa terá que cumprir uma multa. O valor depende da quantidade de funcionários e dos problemas encontrados.

Além disso, não realizar a inspeção pode levar a empresa a fazer a inspeção extraordinária, como explicitaremos mais adiante. Esta ocorre quando o vaso de pressão é danificado por acidente, comprometendo a segurança.

Por isso, respeitar as normas é fundamental. A inspeção de segurança periódica e as técnicas a serem utilizadas devem ser definidas por um profissional habilitado — geralmente o engenheiro mecânico — respeitando o histórico do vaso de pressão e as normas vigentes.

Segundo a NR-13, 13.5.1 / 13.10.1:

“As caldeiras e os vasos de pressão devem ser submetidos a inspeções de segurança inicial, periódica e extraordinária, sendo considerado risco grave e iminente o não atendimento aos prazos máximos estabelecidos nesta Norma Regulamentadora. ”

Os vasos de pressão precisam ter, obrigatoriamente, alguns equipamentos, que em sua falta, podem acarretar o que acima foi mencionado sob risco grave e iminente, RGI, até mesmo embargo ou interdição dos vasos de pressão.

Portanto, verifique se há os itens abaixo:

  • Uma válvula ou dispositivo de segurança com pressão de abertura ajustada em valor igual ou inferior à PMTA (Pressão Máxima de Trabalho Permitida), instalada diretamente no vaso ou no sistema onde ele está inserido. É acionado automaticamente em caso de riscos;
  • Dispositivo de segurança contra bloqueio inadvertido da válvula, quando esta não estiver instalada diretamente no vaso de pressão;
  • Um manômetro, instrumento que indica a pressão de operação do vaso;
  • Artifícios que aumentam a segurança: ventilação, iluminação, identificação e inspeção regular dos vasos de pressão;
  • Orientação de mecanismos para fuga em caso de acidentes: saídas, mais do que uma com abertura ampla e sinalizadas.

Os procedimentos e equipamentos acima evitam que catástrofes e acidentes ocorram, como explosão e vazamentos. Nessas situações, a contaminação atinge o meio ambiente, machuca gravemente as pessoas, inclusive podem levar ao óbito.

Assim, as inspeções de vasos de pressão ajudam a evitar multas, acidentes, mortes, interdição da indústria e transmite aos trabalhadores total segurança no trabalho.

Há três tipos de inspeções que podem ser feitas, cada uma com suas exigências, relacionamos todas abaixo.

Essa inspeção é uma das primeiras a ser feita quando o equipamento é instalado. O objetivo é de que o vaso de pressão seja testado e examinado antes de ser ligado.

Deve compreender exame externo, interno e Teste Hidrostático (TH).

O TH é feito em sua fase de fabricação, com comprovação por meio de laudo assinado por PH, e ter o valor da pressão do teste afixado em sua placa de identificação.

Constituída por exames externo e interno, deve obedecer aos prazos máximos que são estabelecidos conforme a categoria do vaso de pressão.

Categoria A:

Líquidos inflamáveis, por exemplo, hidrogênio, acetileno, tóxico com limite de tolerância e combustível com temperatura igual ou superior a 200°C.

Deve haver inspeção periódica em vasos de pressão a cada 12 meses com o exame externo, três anos para o interno e seis para o teste hidrostático.

Categoria B:

Combustíveis com temperatura menor que 200 °C, tóxico com limite de tolerância maior que 20 pp.

A inspeção dessa categoria pode ser feita a cada 12 meses, e o exame externo e interno deverá ser feito dentro de três anos; já o teste hidrostático, dentro de seis meses.

Categoria C:

Vapor de água, gases simples, ar comprimido.

A revisão desse tipo para o exame externo deverá ser feita a cada dois anos, e para a interna, quatro anos, e teste hidrostático, dentro de oito anos.

Inspeção de segurança extraordinária

A inspeção extraordinária é feita quando existe algo de errado no controle operacional ou em caso de acidentes. A NR-13 coloca os seguintes acontecimentos para essa inspeção:

  1. a) Sempre que o vaso de pressão for danificado por acidente ou outra ocorrência que comprometa sua segurança;
  2. b) Quando o vaso de pressão for submetido a reparo ou alterações importantes, capazes de alterar sua condição de segurança;
  3. c) Antes de o vaso de pressão ser recolocado em funcionamento, quando permanecer inativo por mais de 12 (doze) meses;
  4. d) Quando houver alteração do local de instalação do vaso de pressão, exceto para vasos móveis.
 Após a inspeção do vaso de pressão, deve ser anotada no Registro de Segurança a sua condição operacional, e, em 60 dias, deve ser emitido o relatório, podendo ser estendido para 90 dias.

Neste relatório de segurança deve haver:

  • Identificação do vaso de pressão;
  • Fluidos de serviço e categoria do vaso de pressão;
  • Tipo do vaso de pressão;
  • Data de início e término da inspeção;
  • Tipo de inspeção executada;
  • Descrição dos exames e testes executados;
  • Resultado das inspeções e intervenções executadas;
  • Parecer conclusivo quanto à integridade do vaso de pressão até a próxima inspeção;
  • Recomendações e providências necessárias;
  • Data prevista para a próxima inspeção;
  • Nome legível, assinatura e número do registro no conselho profissional do PH e nome legível e assinatura de técnicos que participaram da inspeção;
  • Sempre que os resultados da inspeção determinarem alterações das condições de projeto, a placa de identificação e a documentação do prontuário devem ser atualizadas.

Junto ao Relatório de Inspeção (com os itens descritos acima), os vasos de pressão também precisam ter outras documentações:

  • Projeto de Instalação;
  • Registro de Segurança;
  • Projeto de Alteração ou Reparo;
  • Prontuário do Vaso de Pressão.

Sempre verifique se a documentação está adequada, corrija os desvios de projetos, respeite os prazos de inspeção de vasos de pressão e exija projeto adequado para novos vasos.

Importante: mantenha os funcionários treinados e preparados para qualquer imprevisto, pois eles têm papel fundamental na prevenção de acidentes de qualquer natureza.



Comentários

  1. Especialistas indicam que a inspeção em vasos de pressão seja feita antes mesmo do seu funcionamento. Se houver fiscalização e esses equipamentos da sua empresa não estiverem inspecionados, você pode ser multado.
    Antes de explicar sobre a importância dessa inspeção, vamos retornar um pouco ao que seria um vaso de pressão. Eles são equipamentos que contêm fluidos sob pressão interna ou externa.
    Tratam-se de reservatórios com tipos, dimensões e finalidades diferentes, essenciais para os processos industriais que envolvem a utilização de fluidos e gases.
    São projetados para resistir com segurança a pressões internas diferentes da pressão normal do ambiente, preservando os fluidos e gases do seu interior.

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